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5 de fevereiro de 2015

As obras que inspiram os Cucas

Livro bom alimenta a alma, amadurece e nos faz viajar nas ideias. E para produzir um texto criativo e uma peça gráfica atrativa, é essencial buscar nos livros as referências e a inspiração. E aqui na Cucas não é diferente! Nossa equipe lê bastante, de tudo um pouco. Se liga nas dicas das obras que inspiram nossas Cucas inteligentes:

São Bernardo, de Graciliano Ramos
A Suzel, nossa editora-chefe, descobriu São Bernardo, de Graciliano Ramos, numa daquelas leituras obrigatórias da escola. “Foi uma revelação, dentre as muitas que os livros me proporcionaram. Descobri, encantada, o que se poderia chamar de uma ‘sofisticada simplicidade’: frases curtas, texto direto e simples para falar de sentimentos complexos e profundos”, comenta. Para Suzel, isso prova que um grande texto não precisa ser hermético ou pedante. “A simplicidade, quando associada à técnica e a um conteúdo que acerta em cheio a alma, torna-se um clássico”, afirma.

O Poder do Hábito – Por Que Fazemos o Que Fazemos na Vida e Nos Negócios, de Charles Duhigg
“Tenho pensado muito no número de atividades que a gente desempenha, no dia a dia, sem nem saber por quê. Foi por isso que me interessei por O Poder do Hábito, assim que eu o vi em uma livraria. Ainda estou lendo, mas ele fala de como mudar hábitos que são prejudiciais ou, simplesmente, não fazem nenhum sentido no estilo de vida atual”, descreve Pablo, nosso diretor de planejamento. Ele conta que o livro explica quais os mecanismos envolvidos para a consolidação de uma atitude positiva, até que se transforme em hábito. “Assim, ela acabará se configurando como uma resposta automática do organismo, nas situações adequadas, sem que seja necessário empreender qualquer esforço”, completa Pablo.

Zorba, o Grego, de Níkos Kazantzákis
“Foi o escritor Rubem Alves quem me apresentou o Zorba. Fiquei sabendo por cima da história e, desde então, rodei um monte atrás do livro. Só fui encontrá-lo alguns meses depois, em um sebo, com uma dedicatória linda, datada de 1975”, revela Rita, diretora de conteúdo. A obra tem dois personagens centrais: um que vive como se não fosse morrer nunca e outro que vive como se fosse morrer amanhã. “Qual dos dois está certo? Essa questão ainda roda na minha cabeça, sem parar”, reflete.

Abusado – O Dono do Morro Santa Marta, de Caco Barcellos
Há quase uma década, a leitura obrigatória do livro Abusado, para o vestibular, mostrou-se uma grata surpresa para a nossa redatora Louise. O livro-reportagem detalha de maneira bastante humana, com uma linguagem simples e intimista, o funcionamento das organizações criminosas do estado do Rio de Janeiro, o tráfico, a vida de quem vive nas favelas da região e até a participação da polícia nesse meio. “Abusado é capaz de despertar no leitor a vontade de devorar, no mesmo dia, 588 páginas”, diz Lou.

Leila Diniz – Uma Revolução na Praia, de Joaquim Ferreira dos Santos
“Eu não era nem nascida quando Leila morreu, mas uma mulher com tamanha personalidade não é esquecida e sua história transcende gerações. Leila Diniz era atriz, fez novelas da Globo e atuou no cinema, mas foi o seu comportamento que marcou a história, especialmente a das mulheres”, relata nossa editora Marina. De acordo com ela, Leila falava palavrões à beça e defendia posições avançadíssimas sobre sexo para a época, como o direito de transar com quem bem entendesse. “Movida pelo prazer e pela liberdade, ela penou. Foi julgada como nociva à sociedade e taxada de prostituta, chegou até a perder trabalhos. Mas hoje é impossível não ver que Leila foi primordial para traçar um novo papel para a mulher na sociedade brasileira. Pode acreditar, se hoje somos mais livres, isso tem o dedo dela”, opina a Má.

O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry
“Toda vez que olho pra estante e vejo esse livro, ele me transporta para a minha infância. A minha primeira edição eu ganhei de presente de aniversário, aos 10 anos de idade”, conta Thaís, analista de planejamento e mídias aqui na agência. Ela não lembra quem foi que mandou o presente, mas nunca mais esqueceu a história. “Apesar de ser um livro infantil, todo adulto deveria ler. Com O Pequeno Príncipe eu aprendi que não importa o tamanho do seu sonho, ele sempre cabe dentro de uma caixa”, afirma.

Pecados Mortais, de Alex Kava
Nossa estagiária de arte, a Luana, comenta que esse é um dos livros mais envolventes e excitantes que já leu. Narrado em terceira pessoa, as cenas são descritas com detalhes minuciosos, mas que não cansam o leitor. “Para aqueles amantes de romances policiais, personagens principais femininos e cenas dramáticas, pode-se dizer que é uma leitura obrigatória! A história, da detetive Maggie O’dell, sem sombra de dúvidas faz você devorar cada página, além de, claro, se apaixonar pelo tão cobiçado delegado Nick Morelli”, diz Lu.

Holocausto Brasileiro, de Daniela Arbex
O livro-reportagem apresenta depoimentos de protagonistas e testemunhas da história real do hospício Colônia, na cidade de Barbacena, Minas Gerais. “A analogia com o genocídio da Segunda Guerra Mundial não é por acaso: a obra relata, em detalhes, o descaso e os acontecimentos bárbaros com os pacientes do local, entre os anos de 1903 e 1980. O triste resultado foi a morte de mais de 60 mil internos”, explica Caio, redator de conteúdo. “A leitura é uma bela oportunidade de conhecer esse fato pouco falado no Brasil e que nos faz refletir sobre a valorização do ser humano e sobre o respeito que deve haver entre as diferenças”, completa.

As Lutas, a Glória e o Martírio de Santos Dumont, de Fernando Jorge.
“Durante a faculdade, precisei fazer um projeto de animação com o tema Grandes Brasileiros e o meu grupo escolheu o pai da aviação. Como eu não sabia quase nada sobre Santos Dumont, resolvi ler a biografia. Fiquei tão encantada e envolvida com a vida do personagem que peguei um ônibus em um fim de semana e fui até Petrópolis, no Rio de Janeiro, só para visitar a casa ‘encantada’ em que Dumont passou parte de sua vida e que hoje abriga o Museu Casa de Santos Dumont”, relata nossa diretora de arte, a Vivian. Ela leu a biografia em 2009 e até hoje pensa sobre a frase emblemática de Dumont: “Criei um aparelho para unir a humanidade, e não para destruí-la’”. Dumont se referia à sua invenção, o avião, que foi usado como arma bélica na Revolução Constitucionalista, em 1932.